sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Entendendo o Voto Não de Mauro Mariani

Por Jeison G Heiler
O Deputado Federal Mauro Mariani votou contra o presidente TEMER na ultima denúncia encaminhada por Janot ao Supremo. Mas fez isso depois de ter votado de maneira favorável no primeiro processo. Muitos tem gastado neurônios para entender o voto do deputado. Est simplissimum: ele é candidato ao governo do Estado e não quer pegar carona na rejeição de Temer. No mais, se desdobra em justificativas, como a dada abaixo em entrevista ao OCP, para disfarçar a manobra. O fato é que ele está perdendo nas pesquisas, e sabe que precisa desvincular-se da imagem de TEMER e do PMDB para conquistar a simpatia do eleitor. Cabe saber se o eleitor vai engolir esta história de que o PMDB de SC não é o mesmo PMDB nacional. Será que o eleitor vai comprar essa tese? 

Entrevista ao OCP:
Depois de pedir a renúncia da Executiva Nacional do PMDB, o deputado federal catarinense Mauro Mariani (PMDB) votou a favor da investigaçãocontra o correligionário, presidente Michel Temer, denunciado pela Procuradoria-Geral da República por obstrução de justiça e organização criminosa. Com o placar de 251 a 233, a votação dessa quarta-feira (25), acabou barrando a denúncia, que envolve também os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Mariani votou contra a primeira denúncia por entender, segundo ele, que a troca de comando prejudicaria a retomada econômica, mas agora, diz, surgiram elementos mais graves e fundamentados envolvendo a presidência e a cúpula do Executivo.
Em entrevista à coluna, o presidente estadual do PMDB avaliou a votação e disse acreditar que é um erro insistir na Reforma da Previdência.
Patricia Moraes – Deputado, como explica a mudança de voto de uma denúncia para outra?
Mauro Mariani – Você sabe e todo mundo sabe que eu já estava dando recado da insatisfação do partido em Santa Catarina. Eu já tinha defendido publicamente a renúncia da cúpula nacional. Mas os caras fecharam os olhos e ouvidos. O cenário também mudou bastante de lá para cá. O PMDB é um partido com mais de dois milhões de filiados. Será que não tem meia dúzia capaz de assumir o comando nacional? São sempre os mesmos, desde que o partido virou governo, e isso faz tempo. Esteve com Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma. Não dá. Chega um momento em que é preciso bater na mesa. No momento da primeira denúncia, o Brasil precisava se restabelecer e agora estamos saindo da crise e notadamente a economia descolou da política.
O senhor não teme represálias?
O governo vinha fazendo ameaças. Não tem problema. Não nasci em noite de tormenta e nem tenho medo de cara feia. E eu venho cobrando do governo verba para BR-280 e 470 há tempo. Falo, cobro, faço reunião, mostro dados. Mas para Santa Catarina tudo é difícil. Nunca tem dinheiro. Fazem o mínimo, para não dizer que a obra parou. Engraçado que para o Dória tem dinheiro, para o Rio de Janeiro fizeram uma plano especial, agora para uma agenda de eventos vão ser R$ 200 milhões. Não pode ser assim, os catarinenses sempre ficam no prejuízo.
Deputado, uma das leituras que se faz é que o placar mostra que o governo Temer não vai ter voto para aprovar a Reforma da Previdência.
Isso eu venho falando faz tempo. E vem cá, será que esses deputados que estão aí têm legitimidade para fazer alguma mudança? Será que não é mais prudente esperar? Que reforma é essa que o governo quer fazer? O governo encaminhou o debate errado, misturou números. Não podemos prejudicar o trabalhador comum, o que precisa ser feito é acabar com os privilégios. Esse debate precisa ser feito de maneira franca com a sociedade, não assim. E a eleição é um bom momento para isso.
É mais fácil aprovar a Reforma Tributária?
Sim, é mais fácil. Em tese, ninguém é contra, mas vamos ser sinceros, o diabo mora no detalhe. A hora que começar a esmiuçar isso, vai ter prefeito que acha que o município tem que ter mais verba, vai ter governador querendo mais e é preciso saber de onde vão vir os recursos. O primeiro debate que precisa ser feito é qual o tamanho ideal do Estado, qual o resultado dessa conta e de onde vão vir os recursos. Mas acredito que possa ser feito algo para desafogar a economia e preparar o caminho para 2018.
Como anda o debate sobre a eleição, seu nome foi definido como pré-candidato do PMDB?
Tranquilo, muito tranquilo. Não temos divergência, mas falta um ano ainda. O PMDB de Santa Catarina foi construído na luta e é por isso que temos que lutar por mudanças nacionais no partido. Não podemos deixar que um filiado de Corupá, de Jaraguá, nosso se envergonhe por culpa de meia dúzia.
Fonte: https://ocponline.com.br/noticias/plenario-eu-ja-estava-dando-recado-da-insatisfacao-justifica-mauro-mariani/

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Relatório da PF indica 46 ligações por Whastapp entre Aécio e Gilmar entre fevereiro e maio

Relatório da PF indica 46 ligações por Whastapp entre Aécio e Gilmar entre fevereiro e maio

Os investigadores chamam a atenção para uma chamada realizada em 25 de abril. Nesta data, Gilmar Mendes ordenou suspender o interrogatório que o senador deveria prestar à PF relativo à ação em que se investiga corrupção em Furnas.

"Nota-se, conforme destaque deste analista na planilha anteriormente reproduzida, que algumas dessas ligações, ou simples tentativa, ocorreram no dia 25/04/2017, mesma data em que o Ministro Gilmar Mendes deferiu monocraticamente requerimento do Senador Aécio Neves, relativo à suspensão de interrogatório que seria realizado nesta Policia Federal no dia seguinte, 26/04/2017, nos autos do Inquérito 4244-STF"

Fonte: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/10/19/relatorio-da-pf-diz-que-aecio-e-gilmar-mendes-fizeram-38-ligacoes-por-whastapp-em-dois-meses.htm

Noticia é veiculada dias depois que STF e SENADO liberaram o retorno do Senador ao Cargo

https://www.cartacapital.com.br/politica/Senado-contraria-decisao-do-STF-e-salva-Aecio

https://oglobo.globo.com/brasil/mais-da-metade-dos-senadores-que-votaram-favor-de-aecio-alvo-no-stf-21960521

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Luciano Huck e empresários criam fundo para apoiar candidatos

Um grupo de empresários, liderado por Eduardo Mufarej, sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A., vai anunciar na próxima semana a criação do chamado "Fundo Cívico". A ideia é proporcionar bolsas de estudo para pessoas interessadas em se candidatar ao Legislativo nas eleições de 2018. Além de Mufarej, fazem parte desse grupo (como coordenadores ou investidores) figuras como o publicitário Nizan Guanaes, o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga, o empresário Abílio Diniz e o apresentador de TV Luciano Huck.

Segundo o colunista do jornal O Globo Lauro Jardim, intenção do grupo seria a de tentar eleger de 70 a cem deputados federais na próxima eleição. Mufarej foi procurado pela reportagem para confirmar as pretensões do "Fundo Cívico", mas não retornou às ligações. A assessoria do projeto afirmou que "os detalhes ainda estariam sendo discutidos". A divulgação está prevista para ocorrer na próxima semana.

O que se sabe até agora é que a ação terá um caráter apartidário e que, portanto, deve alcançar potenciais candidatos em diversas legendas. Embora ainda não exista um critério de seleção formatado, os beneficiados com a bolsa devem estar afinados com premissas generalistas, como a defesa da ética, da sustentabilidade e da responsabilidade fiscal. Além disso, será formada uma espécie de corpo docente para acompanhar ou tutelar esses "alunos/candidatos". A composição desse corpo docente e o conteúdo programático do grupo ainda não estão definidos, mas deve seguir o modelo do Somos Educação - que tem escolas próprias e cursos pré-vestibulares (como o Anglo) e editoras (Saraiva e Ática, entre outras).

Presidência

Um dos participantes do grupo é Luciano Huck, que desde o início do ano vem sendo cotado para concorrer à Presidência da República em 2018. Na semana passada, Huck teve um encontro com líderes do DEM no Rio. A reunião teria como foco uma filiação do apresentador à sigla. Huck também vem sendo cortejado por outras legendas. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a declarar que o apresentador e o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), seriam o "novo" no cenário político brasileiro. Huck também nunca escondeu sua amizade com outro tucano, o senador Aécio Neves (MG). O Partido Novo seria a outra sigla interessada no passe da estrela televisiva.

Segundo pesquisa Ipsos, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Huck e o juiz Sérgio Moro são as únicas personalidades mais populares do que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Regras

Um dos pontos que ainda precisam ser esclarecidos pelo "Fundo Cívico" é se haverá financiamento da campanha eleitoral de seus bolsistas. Em 2015, o Supremo Tribunal Federal vetou o financiamento empresarial de campanhas eleitorais. Informações preliminares são de que o fundo vai ser composto por doação dos empresários, como pessoas físicas e não jurídicas. A proposta foi criticada nas redes sociais por, supostamente, burlar as regras de financiamento de campanha.

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2017/09/luciano-huck-e-empresarios-criam-fundo-para-apoiar-candidatos.html