Frutos
Podres
Por: Aline Maíra Schmidt - Acadêmica Curso de Moda - Catolica de Jaraguá do Sul - SC
“Basta um fruto podre para estragar todo o balaio”
já alertava o antigo dito popular sobre a influência e a
proximidade das más companhias, além de suas prováveis
consequências. Nem só de bons frutos vive esta pátria, gente
honesta, cidadã e compromissada com seus direitos e deveres. Vive
também de frutos podres, frutos que surgiram aos poucos e foram
corrompendo os demais gradativamente, e porque não,
significativamente.
O que quer se destacar aqui é que as coisas não
surgem do nada, assim como, não desaparecem do nada. A corrupção
que se vive hoje é consequência de um efeito dominó que necessita
ser contido. Porém, é preciso se livrar do individualismo para
poder se tornar parte de um ideal coletivo. Afinal de contas, a
sociedade não é formada por um indivíduo apenas. E é por isso que
os problemas de uma sociedade também não podem ser solucionados por
uma pessoa apenas. Soluções são sugeridas e podem ser encontradas
algumas cá e outras lá, propostas por estudiosos, por simpatizantes
da política, por estudantes...
Mas o fator que realmente é
preocupante é o método de aplicação destas soluções. Num mundo
tão sistemático e cheio de metodologias nos vemos de mãos atadas
diante de um problema com tamanha dimensão. Conscientização,
movimentos e manifestações parecem muito superficiais e pouco
eficazes. As leis contra a corrupção são escancaradamente
burláveis e as punições, essas nem existem.
É desmotivante,
nojento e inútil lutar por um ideal num país em que se tem certeza
de que a impunidade reinará soberana. É por essas e outras que a
‘questão corrupção’ segue sem resposta, justamente porque nada
se aplica. E para aqueles ingênuos que pensam que os corruptos não
dormem por conta do peso de suas consciências, acredite: isso é uma
grande bobagem!
Quem não dorme por causa de consciência pesada é
gente mal resolvida. Porque corrupto que é corrupto mesmo
(especialmente na política) dorme é muito bem, obrigado! Em lençóis
de fio egípcio, em sua casa de descanso (possivelmente de frente
para o mar) rodeados de familiares e muita fartura incluindo o tão
cobiçado uísque importado.
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