segunda-feira, 23 de abril de 2012

Frutas Podres


Frutos Podres

Por: Aline Maíra Schmidt - Acadêmica Curso de Moda - Catolica de Jaraguá do Sul - SC



Basta um fruto podre para estragar todo o balaio” já alertava o antigo dito popular sobre a influência e a proximidade das más companhias, além de suas prováveis consequências. Nem só de bons frutos vive esta pátria, gente honesta, cidadã e compromissada com seus direitos e deveres. Vive também de frutos podres, frutos que surgiram aos poucos e foram corrompendo os demais gradativamente, e porque não, significativamente. 

O que quer se destacar aqui é que as coisas não surgem do nada, assim como, não desaparecem do nada. A corrupção que se vive hoje é consequência de um efeito dominó que necessita ser contido. Porém, é preciso se livrar do individualismo para poder se tornar parte de um ideal coletivo. Afinal de contas, a sociedade não é formada por um indivíduo apenas. E é por isso que os problemas de uma sociedade também não podem ser solucionados por uma pessoa apenas. Soluções são sugeridas e podem ser encontradas algumas cá e outras lá, propostas por estudiosos, por simpatizantes da política, por estudantes...

Mas o fator que realmente é preocupante é o método de aplicação destas soluções. Num mundo tão sistemático e cheio de metodologias nos vemos de mãos atadas diante de um problema com tamanha dimensão. Conscientização, movimentos e manifestações parecem muito superficiais e pouco eficazes. As leis contra a corrupção são escancaradamente burláveis e as punições, essas nem existem. 

É desmotivante, nojento e inútil lutar por um ideal num país em que se tem certeza de que a impunidade reinará soberana. É por essas e outras que a ‘questão corrupção’ segue sem resposta, justamente porque nada se aplica. E para aqueles ingênuos que pensam que os corruptos não dormem por conta do peso de suas consciências, acredite: isso é uma grande bobagem!

 Quem não dorme por causa de consciência pesada é gente mal resolvida. Porque corrupto que é corrupto mesmo (especialmente na política) dorme é muito bem, obrigado! Em lençóis de fio egípcio, em sua casa de descanso (possivelmente de frente para o mar) rodeados de familiares e muita fartura incluindo o tão cobiçado uísque importado.

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