Extraído: Jornal A Notícia 8 de maio de 2012. | N° 1486
ARTIGO
Poupança: o que mudou e por que mudou?,
por Leandro Corrêa*
por Leandro Corrêa*
De longe, a poupança é a modalidade de investimento mais popular no Brasil. Ela foi criada em 1861 por Dom Pedro 2º para receber as pequenas economias das classes menos abastadas e assegurar, sob garantia do governo, o resgate do valor aplicado quando solicitado, corrigido por juros de 6% ao ano. Pelas regras do Banco Central do Brasil, boa parte do dinheiro que é aplicado na poupança deve ser destinada ao financiamento imobiliário. E isso é de suma importância para o desenvolvimento do País.
Os poupadores são remunerados mensalmente a uma taxa de juros de 0,5%, aplicada sobre os valores atualizados pela taxa referencial (TR). Isso significa que, na média, a remuneração da poupança fica entre 6% e 7% ao ano. A grande vantagem dessa aplicação é que ela é isenta de Imposto de Renda. A desvantagem é que ela rende apenas no aniversário e, se você precisar do dinheiro antes, não terá o rendimento naquele mês.
De fato, a poupança é fácil de entender. Por isso é tão popular. E por que o governo quer alterar as regras? Em 2009, o governo propôs ao Congresso a cobrança de IR sobre o rendimento da poupança. A medida não foi votada, mas os rumores de que as regras da poupança mudariam ficaram no ar. O governo vem baixando a taxa básica de juros, conhecida por Selic. Essa taxa é quanto o governo paga de juros para quem aplica em títulos públicos federais. A Selic é definida pelo Banco Central e, nesse momento, está fixada em 9% ao ano. Por meio dos títulos públicos, o governo capta dinheiro para se financiar e os investidores recebem a taxa como retorno.
A ideia do governo é baixar a Selic para reduzir o custo da dívida pública e favorecer o crescimento, estimulando o consumo e o crédito. Mas caso a taxa Selic seja fixada em um patamar abaixo de 8,5% os investidores terão uma opção mais rentável que é a própria poupança, uma vez que sobre os investimentos em títulos públicos há cobrança do Imposto de Renda.
Ele quer evitar que o dinheiro dos títulos públicos migre para a poupança, prejudicando o financiamento público. Por outro lado, juros menores podem sustentar o crescimento. Por isso, o governo alterou as regras de remuneração da poupança. A partir de agora, para os novos depósitos, se a taxa Selic for igual ou ficar abaixo de 8,5%, a poupança pagará 70% dessa taxa mais TR.
Os poupadores precisarão reavaliar as novas aplicações da caderneta. Uma dica é migrar a aplicação para títulos públicos através do Tesouro Direto. Essa aplicação também é garantida pelo governo e rende mais do que a poupança, mesmo com as atuais regras e já considerando o desconto do Imposto de Renda. A aplicação inicial em títulos públicos gira em torno de R$ 200.
*EMPRESÁRIO E AGENTE DE INVESTIMENTOS
Os poupadores são remunerados mensalmente a uma taxa de juros de 0,5%, aplicada sobre os valores atualizados pela taxa referencial (TR). Isso significa que, na média, a remuneração da poupança fica entre 6% e 7% ao ano. A grande vantagem dessa aplicação é que ela é isenta de Imposto de Renda. A desvantagem é que ela rende apenas no aniversário e, se você precisar do dinheiro antes, não terá o rendimento naquele mês.
De fato, a poupança é fácil de entender. Por isso é tão popular. E por que o governo quer alterar as regras? Em 2009, o governo propôs ao Congresso a cobrança de IR sobre o rendimento da poupança. A medida não foi votada, mas os rumores de que as regras da poupança mudariam ficaram no ar. O governo vem baixando a taxa básica de juros, conhecida por Selic. Essa taxa é quanto o governo paga de juros para quem aplica em títulos públicos federais. A Selic é definida pelo Banco Central e, nesse momento, está fixada em 9% ao ano. Por meio dos títulos públicos, o governo capta dinheiro para se financiar e os investidores recebem a taxa como retorno.
A ideia do governo é baixar a Selic para reduzir o custo da dívida pública e favorecer o crescimento, estimulando o consumo e o crédito. Mas caso a taxa Selic seja fixada em um patamar abaixo de 8,5% os investidores terão uma opção mais rentável que é a própria poupança, uma vez que sobre os investimentos em títulos públicos há cobrança do Imposto de Renda.
Ele quer evitar que o dinheiro dos títulos públicos migre para a poupança, prejudicando o financiamento público. Por outro lado, juros menores podem sustentar o crescimento. Por isso, o governo alterou as regras de remuneração da poupança. A partir de agora, para os novos depósitos, se a taxa Selic for igual ou ficar abaixo de 8,5%, a poupança pagará 70% dessa taxa mais TR.
Os poupadores precisarão reavaliar as novas aplicações da caderneta. Uma dica é migrar a aplicação para títulos públicos através do Tesouro Direto. Essa aplicação também é garantida pelo governo e rende mais do que a poupança, mesmo com as atuais regras e já considerando o desconto do Imposto de Renda. A aplicação inicial em títulos públicos gira em torno de R$ 200.
*EMPRESÁRIO E AGENTE DE INVESTIMENTOS
Prestigiando a prata da casa. Excelente o artigo do colega Leandro Corrêa sobre as alterações na poupança.
ResponderExcluirA presidenta Dilma Rousseff falou hoje (07), no programa de rádio Café com a Presidenta, sobre a mudança para os novos depósitos nas cadernetas de poupança, anunciada pelo governo na semana passada. Para a presidenta, a mudança protege e torna a poupança cada vez mais segura e rentável para o pequeno poupador.
ResponderExcluir“A caderneta de poupança é um patrimônio dos brasileiros, e o governo tem obrigação de protegê-la, torná-la cada vez mais segura e mais rentável para o pequeno poupador. É isso que estamos fazendo. Não podemos aceitar que agora, quando estamos baixando os juros, ela se torne uma forma de lucro fácil para aqueles que só querem especular. Nós não cobramos nem Imposto de Renda nem taxa de administração sobre a caderneta, por isso quanto mais os juros baixam, mais atraente a caderneta se torna. Daí porquê nós fizemos uma mudança simples, justa e correta, capaz, ao mesmo tempo, de proteger o pequeno poupador e de permitir que as taxas de juros continuem caindo. (…) As cadernetas vão continuar seguras, sem imposto e permitindo saque mensal”, disse a presidenta.
Como explicou a presidenta, a nova regra de rendimento da caderneta de poupança só valerá para os depósitos ou para as novas contas de poupança abertas a partir do dia 04 de maio. Nestes casos, toda vez que a taxa básica de juros, a Selic, estiver igual ou abaixo de 8,5% ao ano, a remuneração da poupança será equivalente a 70% da Selic mais a taxa referencial de juros (TR). Como hoje a taxa Selic está em 9% ao ano, isso acontecerá apenas quando os juros baixarem um pouco mais.
A presidenta acrescentou ainda que a redução das taxas de juros que os bancos estão repassando para os consumidores e empresários serão permanentes.
“A queda da taxa de juros para o consumidor é um caminho sem volta, sabe por quê? Porque o Brasil tem um dos sistemas financeiros mais sólidos e lucrativos do mundo, e pode perfeitamente fazer a sua parte e ajudar o país diminuindo os juros que cobram dos trabalhadores e dos empresários. Essa força dos bancos e a segurança da nossa economia têm de permitir que eles ofereçam crédito mais barato para o povo brasileiro”.
Segundo Dilma, os brasileiros devem pesquisar e negociar as melhores taxas de juros com os bancos.
“Os nossos cidadãos têm uma arma poderosa para negociar. Fazer os depósitos de sua renda naqueles bancos que vão cobrar as menores taxas de juros quando eles precisarem de empréstimos. Ouvinte, isso é um direito seu! Quando você vai à feira ou quando vai comprar uma geladeira ou uma TV, você faz uma pesquisa para saber onde o produto está mais barato, não é mesmo? Com os bancos, tem que ser do mesmo jeito. O banco é um prestador de serviço, então é preciso comparar as melhores ofertas, as menores taxas de juros para você escolher onde vai receber seu salário e onde vai pegar um empréstimo”.