Por Jeison Giovani Heiler - Publicado no Jornal O Correio do Povo 13/06/2012
Diante dos efeitos nocivos do modo capitalista de organizar o mundo desfraldados ao mundo a partir da crise financeira em que mergulha a Europa arrastando atrás de sí todos os países capitalistas do globo abre-se novamente espaço para pensar o mundo sob outras formas possíveis de organização. Dentre as quais, inevitavelmente a alternativa socialista.
Em primeiro lugar, o socialismo, não é um artefato passível de implantação, como poderia ser um software posto a operar em um computador.Mas o que é mesmo o socialismo? Isso pouco importa.
Desconfio apenas que o que chamou-se modo de produção capitalista, e que tem recebido também tantos nomes ao longo da história, cumpre funções específicas para um certo grupo de pessoas pertencentes ao gênero humano cuja lógica e filosofia de vida consiste em encarar o mundo a partir do próprio umbigo.
Desconfio apenas que o que chamou-se modo de produção capitalista, e que tem recebido também tantos nomes ao longo da história, cumpre funções específicas para um certo grupo de pessoas pertencentes ao gênero humano cuja lógica e filosofia de vida consiste em encarar o mundo a partir do próprio umbigo.
O que vamos colocar no lugar disso tudo? Não sei. Não ousaria pensar. A história, temos apreendido, faz-se ao andar. Apenas, para que as coisas não tomem um rumo demasiado voluntarista, carece que tenhamos no horizonte, uma direção a seguir.
Esta direção é o que alguns chamam utopia e que justamente por estar no horizonte afastado revela apenas sua mal distinguida figura.
Mas onde vai estar o laço que novamente unirá o gênero humano em torno de um projeto de vida universal?
Freud, escreve "O futuro de uma ilusão" discutindo estas questões. Reflete justamente que a religiosidade não pode mais dar conta de refrear os impulsos irascíveis humanos. Freud, pressupõe a maldade humana. Se aceitar-se esta tese, definitivamente nada mais há a fazer senão entregar todo poder ao Leviatã, concedendo-lhe a chancela para remediar os impossíveis laços humanos.
Inobstante, o mundo futuro deve ser imaginado a partir dessa questão urgente: quais vão ser os laços que vão permitir o convívio humano pacífico. As respostas são reféns das visões de mundo que se possa fazer do homem. O laço lógico para os que pensam o homem como um sujeito que se constrói, social, histórica e culturalmente esta na solidariedade humana. No sentimento coletivo de que homens e mulheres que habitam o mundo estão social, histórica, cultural e geograficamente implicados e que a dominação de um grupo sobre outro produz efeitos insustentáveis para o gênero humano e para o planeta que habita.
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