terça-feira, 28 de maio de 2013

Conjuntura Eleitoral 2014 - SC

Conjuntura eleitoral 2014

A coluna política do Jornal ANotícia desta semana tem abordado as tratativas para a composição da Liderança do PMDB em SC, o que poderia definir a possibilidade de candidatura própria ou a manutenção da atual aliança com o PSD.  Ânimos acirrados, estratégias, especulações gravitam em torno do cenário e tencionam o campo decisório. O resultado pode definir o futuro governador do estado.

Retrospectivamente em Santa Catarina desde as eleições 1982 quando imergíamos de um período obscurecido pela Ditadura que tem início em 1964 três partidos têm se revezado no poder: PMDB, PP e PSD.

PSD

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O PSD, nesta história é o partido camaleão, e passou por 4 transformações ao longo destes anos. O partido tem origem no grupo político que durante a ditadura bipartidária chamava-se ARENA, aglutinando a extrema direita representante dos militares. Com o fim do bipartidarismo em 1979 que vigorou na ditadura (ARENA X MDB) ocorre a reabertura ao multipartidarismo e a ARENA dá origem ao PDS. Com o alargamento do pluripartidarismo em 1985 o PDS dá origem ao PFL, em 2007 o partido da origem ao DEM e por fim o próprio DEM (Partido que já fazia parte o atual Governador Raimundo Colombo) deu origem a uma outra sigla o PSD que acabou dividindo e fragmentando aquele que era considerado o partido de extrema direita no Brasil. O partido esteve no poder em 1990 com Kleinubing (PFL) e  agora, depois de muitas baixas, dentre elas destaque-se o rompimento com os Bornhausen, governa desde 2010 com Raimundo Colombo no PSD.

PMDB

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Na história recente de SC, desde 1982, o PMDB foi o partido que por mais vezes governou o estado. O PMDB esteve á frente do governo por 4 oportunidades em 1986 com Pedro Ivo Campos, em 1994 com Paulo Afonso, e em 2002 e 2006 com Luiz Henrique Vieira. O partido surge como MDB do bipartidarismo artificial criado a partir do Golpe Militar de 1964 e no processo de abertura ao multipartidarismo em 1979 adota a sigla PMDB.

PP

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O PP por sua vez governou o estado por duas vezes, em 1982, ainda como PDS e em 1998 como PPB as duas com Esperidião Amim. O partido também tem origem no mesmo PDS que havia dado origem ao PFL. Não entraremos em detalhes aqui para não fugir ao tema, mas depois de fundir-se ao PDC o PDS origina o PPR em 1993, e em 1995 o PPR funde-se ao PP fundado em 1994 e origina o PPB que por sua vez passa a nomear-se simplesmente PP em 2003.

Ocorre que olhando retrospectivamente salta aos olhos uma conclusão iniludível: partidos políticos importam. A despeito do desinteresse e do fato de que muitos não apreciem nem mesmo o som produzido pela combinação silábica: par-ti-dos.

Mas, se partidos políticos não tivessem nenhuma importância, porque nunca, nenhum outro partido teria logrado a chegada ao poder nestes anos de recente democracia no estado de SC ?  Mesmo o PT partido que se constitui como ator central no cenário nacional desde a eleição de Lula em 2002 não tem perspectivas num futuro próximo de chegar ao poder no estado. Não por acaso estuda seriamente a estratégia de apoiar Raimundo Colombo (PSD) nas próximas eleições.

Contudo, o que muitos têm traduzido como decorrência da necessidade, dentre outros fatores, de palanque político para a presidente Dilma no estado, pode esconder questões estruturais bem mais complexas.

O PT sabe muito bem que sem um nome forte e diante do histórico eleitoral de SC suas chances de êxito na eleições são pequenas ainda mais se não puder contar com um amplo apoio. O que não vai ocorrer. Já que nem PP, PSD ou PMDB abririam mão da cabeça de chapa. Então, não lhe resta outra alternativa senão engrossar o caldo do PSD e azeitar os planos do PMDB no estado com o fim da tríplice aliança que se formou em 2006 entre DEM, PMDB e PSDB.

Publicado: http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&source=a4151539.xml&template=4187.dwt&edition=22050&section=2782

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