Por Diogo Costa
A concorrência das teles e da internet são as causas do 'arrependimento tardio' da Globo. No ritmo atual, a Globo vai perder a supremacia como anunciante principal das agências publicitárias dentro de quatro ou cinco anos, quando muito.
Não haverá bônus de volume (criado pela própria Globo na década de 70) capaz de impedir isso. Isto é bom mas não resolve o problema dos oligopólios de mídia no país. Trocar o oligopólio atual por outro, de empresas como Google e Facebook, não é algo que interesse à cidadania brasileira, tampouco algo que garanta a democratização da mídia.
Precisamos é de uma "Ley de Medios", nos moldes da lei argentina. Esta legislação já foi elogiada inúmeras vezes na ONU, que a destaca como um exemplo a ser seguido em todas as democracias do mundo. Inibir o monopólio e o oligopólio dos meios e acabar com a propriedade cruzada dos mesmos é uma imperiosa necessidade.
A luta será longa e árdua.
Na Argentina, as discussões sobre a "Ley de Medios" começaram em 2004 e o projeto de lei foi enviado em 2009 ao parlamento. Aprovada a legislação (quem dera se o PT tivesse aqui a força que o Partido Justicialista - Peronista - tem na Argentina...), logo houve a judicialização da mesma pelo grupo Clarín (Globo de lá).
O caso permanece sob judice, em que pese o fato de que outros grupos midiáticos já tenham se adaptado à nova lei. Se lá na Argentina uma legislação como essa fica mais de quatro anos entre idas e vindas judiciais, imaginem aqui no Brasil...
Enfim, porque não fazer logo uma nova Conferência Nacional de Comunicações?
Fonte: Aldeia Gaulesa
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