domingo, 3 de novembro de 2013

Ano de 2012 teve 873 greves, o maior número desde 1996, diz Dieese Resultado confirma a tendência de aumento verificada a partir de 2008. 41% das greves analisadas tinham a exigência de reajuste salarial.

Foram realizadas 873 greves no país em 2012, sobre 554 no ano anterior, aponta levantamento divulgado nesta quinta-feira (23) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O total de greves no ano passado é o maior verificado desde 1996, diz a divulgação, quando foram 1.228 greves.
Foram 86,9 mil horas paradas em 2012, sendo que 75% do total são na esfera pública, diz o estudo
"O resultado confirma a tendência de aumento do número de greves verificada a partir de 2008", cita o estudo. Ao todo, foram 461 greves realizadas pelos trabalhadores da esfera privada e 409 na pública.
Foram contabilizadas 86,9 mil horas paradas em 2012, sendo que 75% do total são na esfera pública, diz o estudo. Nesse caso, é o maior número de horas paradas desde 1990 (quando foram 117 mil).
O aumento nas horas paradas vem sendo percebido “mais claramente” desde 2009, cita o documento.
Reivindicações
De acordo com o Dieese, 41% das greves analisadas tinham a exigência de reajuste salarial. “Em menor proporção, aparecem reivindicações de introdução, manutenção ou melhoria de auxílio-alimentação (27%); cumprimento, implantação e/ou reformulação de plano de cargos e salários (23%) e paralisações por questões relativas à participação nos lucros ou resultados (19%)”, diz o estudo, que cita, ainda, a frequência de queixas contra o atraso no pagamento dos salários (18%).
Setores
Entre as greves verificadas exclusivamente na esfera privada, a maioria atingiu o setor industrial (330). Na esfera pública, entre as empresas estatais, metade das greves foi deflagrada no setor de serviços (14). Entre o funcionalismo público, a maioria das greves foi deflagrada por servidores municipais (227).

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