quarta-feira, 13 de maio de 2015

Pensão por morte Mais Rígida e Fim do fator Previdenciário - MP 664

BRASÍLIA    ­  

A Câmara aprovou,  por maioria,  uma emenda apresentada pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB­/SP) para fazer alterações no fator previdenciário.  Pela proposta, os beneficiários do INSS garantiriam a aposentadoria integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição chegar a 85 anos,  no caso das mulheres,  e a 95 anos em relação aos homens.

O fator previdenciário,  cálculo usado para a aposent adoria,  reduz,  na prática,  o valor do benefício de quem se aposent a por tempo de contribuição antes de atingir 65 anos de idade,  no caso de homens,  ou 60 anos,  de mulheres.  A emenda foi aprovada em placar apertado: 232 vot os a favor e 210 contra.  Houve duas abstenções.

O governo era cont ra a ideia do deputado do PTB que est ava em um destaque ao t ext o principal da Medida Provisória (MP) 664,  aprovado na noite desta quart a­feira e que torna mais rígidos os critérios de pagamentos de pensão por morte e auxílio ­doença.  A MP e a emenda incluída pela Câmara ainda têm que ser aprovados pelo Senado.

“Esse mecanismo é positivo,  sobretudo,  para aqueles que ingressam no mercado de trabalho mais cedo.  É o ideal? Claro que não.  Mas é uma vitória muito importante”,  escreveu Faria de Sá ao apresentar a emenda. O líder do governo na Câmara,  José Guimarães (PT/­CE),  disse que a propost a “não acaba com o fator previdenciário”.  O Palácio do Planalt o t em consciência que o fat or previdenciário t em que ser alt erado,  mas quer fazer isso por meio de um fórum,  que contará com representante dos sindicatos,  do Congresso e do governo,  para “discutir a previdência como um todo”.

O assunt o foi discut ido em reunião do vice­president e da República,  Michel Temer,  minist ros do governo da president e Dilma Rousseff e líderes de part idos da base aliada na manhã dest a quart a­feira.  O fórum foi uma solução para desvincular o t ema da MP 664,  que faz part e do ajust e fiscal promovido pelo minist ro da Fazenda, Joaquim Levy. Mesmo assim,  o PCdoB – que tinha um histórico de fidelidade ao governo – orientou a bancada a votar pela mudança no fator previdenciário.

O PDT t ambém,  só que o partido não par icipou do encontro e tem votado contra o governo nas Medidas Provisórias editadas para cortar despesas com benefícios trabalhistas e previdenciários.
Faria de Sá foi à tribuna defender a proposta assim que foi colocada em votação pelo plenário da Câmara.  “Essa emenda foi apresentada no início do ano e,  até agora,  o governo não fez nada.

 Querem criar um fórum para,  daqui 180 dias,  ver o que vai fazer.  Não dá para esperar.  Essa emenda é para diminuir os danos do fator previdenciário”, disse.

Fonte: Valor Econômico

Nenhum comentário:

Postar um comentário