A Aldeia Guarani Piraí-Tí, localizada no município de Araquari, receberá um projeto piloto da Fundação Nacional do Índio (Funai) que trata do complemento no consumo de proteínas na alimentação da população indígena e na possibilidade de incrementar a renda da comunidade.
A iniciativa consiste na instalação, na área de reserva que comporta a aldeia guarani, de uma lagoa de dez mil metros quadrados para o povoamento de espécies nativas de peixe, como o jundiá, dourado, curimbatá e a piracanjuba. O convênio que viabiliza o projeto foi assinado na sexta-feira (20), durante reunião na Fundação 25 de julho, em Joinville, entre os técnicos da Funai João Paulo de Araújo Severo, Nilvan Vieira Duarte e Fernanda Cerqueira, o cacique Ronaldo Costa e o presidente da Cooperativa Mista de Piscicultores de Timbó (Coomapeixe), Roger Krambeck.
O gestionamento e a interlocução entre Funai e Coomapeixe se deu por meio da equipe de assessoria do deputado Cesar Valduga (PCdoB), que designou o advogado Jeison Giovani Heiler para acompanhar as tratativas entre as partes. A execussão do projeto, bem como o fornecimento de alevinos, deve ficar sob a responsabilidade da Coomapeixe, sob a supervisão da Funai.
Para Heiler, a celebração do convênio é importante, pois garantirá melhor qualidade alimentar aos indígenas. “Havia a intenção da Funai em instalar esta lagoa na aldeia, porém, havia a necessidade de uma cooperativa idônea para implementar o projeto a baixo custo, é aí que entra a articulação do mandato do deputado Valduga e a boa vontade da Coomapeixe”.
O projeto, considerado de baixo custo, pode dispor de até R$ 20 mil, contemplando a construção da lagoa e o fornecimento de alevinos, e é uma resposta à identificação pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de carência de proteínas animais na alimentação das comunidades indígenas. Desta forma a construção de lagoas ou tanques pesqueiros nas comunidades indígenas é uma forma de efetivar a reintrodução de proteína animal na dieta indígena.
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