terça-feira, 13 de agosto de 2013

aí eu chego

ai eu chego
digo-lhe nada
e meto-lhe um olhar por entre as pernas
meto-lhe logo dois, três, quatro destes
que a natureza deu-me de empréstimo
para corar as moças puras
e fazer pensar
as pequenas

ai eu chego
digo-lhe como vai
e como tens passado
não me conheces é claro
é minha vez mais fecunda por aqui
ora porque te vejo
porque te beijarei logo mais as três e quinze da madrugada
e as 3 e dezessete estarei entre tuas coxas
meus lábios estarão suados
e minha língua saberá sabores
molhados
e quentes
e saberá mistérios
saberá do mundo
e saberá de sonhos
deslizando pelos pêlos ralos
empinados de tua pele


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