quinta-feira, 29 de junho de 2017

Depois de 14 anos presidente TEMER deixa de nomear o procurador mais votado na lista tríplice da PGR

Nomeação da nova Procuradora da República Raquel Dodge é a cereja do bolo no plano arquitetado do Golpe de Temer.

Depois de 14 anos presidente TEMER deixa de nomear o procurador mais votado na lista tríplice da PGR

O vencedor dos votos dos procuradores na lista tríplice para substituir Janot na PGR era Nicolao Dino veja aqui, mas TEMER não o nomeou. Motivo: ele é aliado de Janot que na última semana apresentou denuncia contra o presidente na Câmara por crime de corrupção e representaria a continuidade da Lava Jato nos exatos termos atuais.

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/06/29/depois-de-atacar-pgr-temer-escolhe-procuradora-de-oposicao-a-janot.htm

Além disso Dodge é rival de Janot. Segundo a folha, em abril, Janot e Raquel Dodge discutiram publicamente durante uma reunião do CSMP (Conselho Superior do Ministério Público) devido a uma proposta apresentada por ela para restringir o trânsito de procuradores no MPF

Vale lembrar que o anúncio da nova procuradora ocorreu na noite desta quarta-feira (28), um dia depois de o peemedebista fazer um pronunciamento com duras críticas a Janot, a quem acusou de buscar "revanche, destruição e vingança" ao denunciá-lo sob acusação de corrupção.

Ao não acatar a indicação do mais votado na lista tríplice, o que passou a ocorrer desde 2002 quando o PT chegou ao poder, Temer retorna ao estatus da era FHC. 

para recordar como funcionavam as nomeações nos tempos de FHC vale ler a notícia abaixo da Carta Capital de 2012.  Link Completo Carta Capital

"Durante a era FHC seu procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, era conhecido pela alcunha vexaminosa de “engavetador-geral da República”. O caso mais gritante de corrupção do governo FHC, em tudo similar ao “mensalão”, a compra de votos para a emenda da reeleição, nunca chegou ao Supremo Tribunal Federal nem seus responsáveis foram punidos porque o procurador-geral simplesmente arquivou o caso. Arquivou! Um escândalo.

Durante a sabatina de recondução de Brindeiro ao cargo, em 2001, vários parlamentares questionaram as atitudes do envagetador-procurador. A senadora Heloísa Helena, ainda no PT, citou um levantamento do próprio MP segundo o qual havia mais de 4 mil processos parados no gabinete do procurador-geral. Brindeiro foi questionado sobre o fato de ter sido preterido pelos colegas numa eleição feita para indicar ao presidente FHC quem deveria ser o procurador-geral da República.

Lula por sua vez atendeu ao pedido dos procuradores de nomear Claudio Fonteles, primeiro colocado na lista tríplice feita pela classe, em 2003 e, em 2005, ao escolher Antonio Fernando de Souza, autor da denúncia do mensalão. 

Detalhe: em 2007, mesmo após o procurador-geral fazer a denúncia, Lula reconduziu-o ao cargo. Na época, o presidente lembrou que escolheu procuradores nomeados por seus pares, e garantiu a Antonio Fernando: “Você pode ser chamado por mim para tomar café, mas nunca será procurado pelo presidente da República para pedir que engavete um processo contra quem quer que seja neste país.”
 E assim foi."

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