segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Fenêtre
Janela
Aberta que se abre [E
Oblitera
Desavisada
Nuvem pássaro
Vento [átimo
Alvissaras
Tangerinas
Tergiversado
O tempo tem passado
Bebé
Só não passa a ausência
dias possíveis que não foram
Janela que se abre
Em cheiro
Sentidos Verso:
Diverso imaginei
Almas decaindo
vertiginosa
queda abissal
Há um fosso raro – aí habitam nossos corpos - Premidos pelo tempo
Do que o tempo não sabe nem alcança
Com seus dedos tépidos
Apodrecer é um verbo fácil
Eu apodreço
Tu apodreces
Podres e quase átomos em decomposição efêmera
Sentaremos à janela
E nossas almas livres da represa
voarão ligeiras
juntando-se à cachoeira
anti-descendente
anti-gravidade
anti-brevidade
e
seremos uma torrente inteira
inundando as nuvens
de sentido
e de beleza
[como somos belos
meu bem
apesar de tudo]
inundaremos o céu
anjos de asas débeis
demônios de riso fácil
e seremos nuvem
quando sobrar espaço?
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